Por: Mr Matusalem
Publicado em: 20 de outubro de 2025

A Brasil Game Show 2025 chegou cercada de expectativa… e, para muitos, saiu deixando um gosto agridoce. O que deveria ser uma grande celebração gamer tornou-se, ao mesmo tempo, uma experiência de alegria intensa e frustração dolorosa. Entre filas intermináveis, ausência de marcas icônicas e problemas de organização, o brilho da maior feira de games da América Latina parecia vacilar — mas a paixão dos fãs manteve a chama acesa.
Menor no tamanho, mas não no coração dos gamers

Desde 2010, a BGS sempre foi um lugar onde paixões se encontram, amizades nascem e sonhos gamers se tornam realidade. Este ano, a mudança para o Distrito Anhembi trouxe um choque para quem conhece a grandiosidade do evento. Com estandes mais enxutos e corredores apertados, o evento parecia, tristemente, menor do que seu próprio nome carrega.
Ainda assim, o público não diminuiu. Multidões lotaram os espaços limitados, transformando cada passo em uma batalha por centímetros. Filas para comida, banheiro e brindes; até caminhar exigia paciência e resistência.
Ausências que doeram

A dor ficou ainda mais evidente com o vazio deixado pelas grandes marcas. Xbox e PlayStation, dois dos gigantes do mercado, não estiveram presentes, deixando fãs desapontados. Apenas a Nintendo brilhou, mostrando o Nintendo Switch 2 ao público brasileiro pela primeira vez em um evento público.
O estande da Nintendo chamou atenção com 14 jogos disponíveis, sete deles de empresas parceiras, e trouxe uma atmosfera de nostalgia e inovação ao mesmo tempo. Pilar Pueblita, gerente de relações públicas da Nintendo para a América Latina, destacou o carinho da empresa pelo público brasileiro e a evolução do mercado nos últimos anos.
“Se não fosse pela paixão e pelo amor dos fãs brasileiros, não estaríamos realizando tantas ações. Cada sorriso no estande do Switch 2 é um agradecimento para eles,” disse Pilar durante entrevista exclusiva.
O caso Kojima: esperança e frustração

Um dos momentos mais aguardados foi a presença de Hideo Kojima, criador de Metal Gear e Death Stranding. O anúncio do ícone japonês acendeu corações, mas o sonho virou frustração para muitos. Apenas 200 pulseiras foram distribuídas, e grande parte ficou com convidados e influenciadores. Fãs que viajaram centenas de quilômetros ficaram de fora, gerando relatos de pulseiras falsas e revendas.
“Foi doloroso ver tanta gente chorando e indo embora sem conseguir vê-lo,” comentou um visitante emocionado.
Preços surreais e lembranças que minguaram

Outro golpe para expositores e visitantes foram os preços absurdos da infraestrutura do evento. Conectar a internet custava até R$ 11 mil por míseros 10 MB, e montar um estande pequeno exigia R$ 5 mil sem contar equipamentos. Os brindes, antes lembranças especiais, foram reduzidos a simples bottons e broches.
Mesmo assim, a alma do evento continuou pulsando. Entre filas e espaços limitados, cosplayers, criadores de conteúdo e fãs transformaram frustração em energia, mantendo vivo o espírito da BGS.
Alegria e magia em cada canto

Entre os desafios, houve momentos de pura felicidade. O novo Nintendo Switch 2 foi uma das estrelas, com visitantes encantados pelos jogos vibrantes. Consoles clássicos como Nintendo 64, Game Boy e Nintendo DS trouxeram nostalgia, enquanto campeonatos de e-sports, exposições sobre a história dos videogames e coleções raras completaram a experiência.
O cosplay também brilhou intensamente. Izabela e seu namorado, de Belo Horizonte, mostraram que a BGS vai além dos games. Para eles, o cosplay uniu paixões e corações:
“Aprendi a costurar minhas próprias roupas de cosplay e adoro trocar ideias com quem compartilha essa paixão. Foi assim que conheci meu namorado. Viver isso na BGS é mágico!”
A música também marcou presença: o espetáculo PlayStation The Concert trouxe trilhas épicas de God of War, The Last of Us e Ghost of Tsushima, emocionando o público com orquestra ao vivo e tecnologia de ponta.
A Nintendo e a conexão com o público brasileiro

A presença da Nintendo foi um dos pontos altos da feira. Pilar Pueblita comentou sobre o sucesso do Nintendo Switch 2, sua recepção positiva no Brasil e os planos da empresa na América Latina, incluindo o Nintendo Mall Tour, que passará por 14 cidades em seis países.
“Queremos nos conectar com todos, dos jogadores hardcore aos que buscam diversão multiplayer. O Switch 2 é para todos,” afirmou Pilar, ressaltando que a localização de jogos para o português brasileiro é uma prioridade crescente.
Além disso, a primeira presidente mulher da Nintendo of America, Devon Pritchard, assumirá o cargo no próximo ano, um marco histórico para a empresa.
Conclusão: alma viva, corpo cansado

A BGS 2025 foi um lembrete de que até os maiores eventos podem vacilar quando se esquecem de ouvir seu público. Problemas de estrutura, ausência de marcas e preços altos mostraram o lado mais frágil do evento.
Mas a paixão dos fãs, a alegria das experiências, a emoção dos encontros e a magia dos cosplays provaram que a alma da BGS ainda pulsa forte. Para muitos, o encontro anual com amigos e comunidades gamer vale mais do que qualquer estande vazio.
“Viajei 3 mil quilômetros para encontrar um amigo que conheço há 10 anos pela internet. A BGS pode ter falhado em muita coisa… mas nos deu esse momento,” resumiu um visitante.
Se a feira quiser voltar a ser o gigante que sempre foi, precisa repensar cada detalhe. Mas, acima de tudo, precisa lembrar que quem faz a BGS ser grandiosa são as pessoas — e elas ainda estão lá, com o coração aberto e os olhos brilhando.
A Tropa dos Deadpool Domina a Feira

Este ano, a Brasil Game Show 2025 teve uma invasão pra lá de especial: a Tropa dos Deadpool tomou conta do evento, trazendo humor, irreverência e muita interação com o público. Os corredores do se transformaram em um verdadeiro “Deadpool Day Brazil”, com dezenas de fãs caracterizados como o anti-herói mercenário mais falador e amado do multiverso.
Deadpool por toda parte

Os cosplays eram impecáveis: cada integrante da tropa incorporou o personagem de forma única, com poses engraçadas, brincadeiras e até coreografias divertidas. Quem passava pelo evento podia ser abordado a qualquer momento por um Deadpool falando piadas, quebrando a quarta parede e arrancando risadas de todos ao redor.
A Tropa dos Deadpool, conhecida no Instagram como @deadpool.brasill, conseguiu transformar cada cantinho da BGS em palco para o humor e a irreverência do personagem. Os visitantes não se cansavam de tirar fotos, gravar vídeos e interagir com os Deadpools, tornando a tropa um dos grandes destaques do evento.
A influência na comunidade

O impacto foi visível: o tema Deadpool não ficou apenas nos cosplays, mas também em conversas entre os participantes, influenciadores e fãs. Discussões sobre o personagem e o universo Marvel se espalharam por toda a feira, mostrando como Wade Wilson continua relevante e amado pela comunidade geek.
Hidratação com estilo Deadpool


Seguindo o humor característico do anti-herói, a tropa lembrava os fãs de um detalhe importante:
“Beba água!”
Porque nem um mercenário tagarela sobrevive à correria de um evento gamer sem se hidratar.
A presença da Tropa dos Deadpool provou que, na BGS 2025, a diversão e a criatividade podem dominar tanto quanto os grandes lançamentos de jogos. Foi uma invasão inesquecível, cheia de risadas, fotos memoráveis e, claro, muito Deadpool! 🦄✨
Siga a tropa no Instagram: @tropadeadpool
Os destaques da Tropa
A comunidade geek pôde acompanhar de perto os trabalhos dos cosplayers, que se destacaram pela criatividade e carisma. Confira os perfis do Instagram de todos os Deadpools presentes:
- @deadpoolcareca
- @diocosplayer
- @reehdead
- @miles_morato
- @vinicosplay
- @deadpoolbrasil2024
- @cleitonrocks
- @debsrangel
- @batmaneverton_oficial
- @gringopool
- @aliz.cos
- @lunie_cosplay
- @dani.benvenist
- @ellpadre_
- @tarcisio.santana
- @fox.mbr
- @ashilynn.cosplay
- @NATZINHAMORENA
- @carlos_hangel
- @blackpoolmcz
- @projetodeadpool
- @bre.ner_geek
- @gamezface
- @eliakimcosplayer
- @zazacosplay
- @Lynneees
- @edpool2
- @jponerd

